Concepções e práticas do professor de Matemática
DOI:
https://doi.org/10.48489/quadrante.22659Resumo
Este artigo apresenta, tendo em vista perplexidades constituídas na minha vivência, enquanto aluna e professora de Matemática, considerações sobre pesquisas já realizadas em torno do tema concepções e práticas do professor de Matemática. As pesquisas revisadas tendem a estudar o modo como as concepções dos professores influenciam a sua prática de sala de aula.
As concepções são tomadas como pré-existentes em relação às práticas. Diz-se o que o professor pensa e, porque pensa assim, faz o que faz; não se questiona porque ele pensa desse modo. Não se debruçam sobre a origem das concepções dos professores a partir de suas práticas de formação profissional. Tampouco consideram o processo de "assujeitamento" do professor frente aos fatores institucionais. A essas pesquisas escapa a própria sala de aula como lugar de formação dessas concepções.
Por um lado, compreender o conjunto de concepções que norteiam a metodologia utilizada pelo professor em sua sala de aula, e especialmente, considerar a procedência e a formação dessas concepções, levando, pois, em conta o processo de "assujeitamento", parece ser a possibilidade de superação do "estágio silencioso" de denúncia dos mecanismos e práticas que, no interior do sistema escolar, em particular no ensino superior, reforçam os critérios utilizados no quadro promocional (aprovação/reprovação) que reconhecem apenas um tipo de aluno, o "aluno ideal", reconhecem apenas o aluno que apresenta a estrutua cognitiva adequada.
Por outro lado, compreender o funcionamento, na sala de aula, de tais concepções, passa por focar a sala de aula como local de intervenção, como local onde professor e alunos estão em constante formação, assumindo verdades sempre provisórias. Local de formação de concepções que indiquem caminhos para o (re)conhecimento do "aluno real".
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