Vivências de duas professoras com as actividades de investigação
DOI:
https://doi.org/10.48489/quadrante.22708Resumo
Este artigo baseia-se numa investigação que teve como objectivo principal analisar as perspectivas e práticas de duas professoras de Matemática, do 3° ciclo do ensino básico, referentes às actividades de investigação. No presente texto procura-se, em especial, discutir os desafios que a realização de tarefas de investigação matemática nas aulas coloca à prática das professoras, bem como o modo como enfrentam tais desafios, A metodologia adoptada neste estudo, de natureza qualitativa, incluiu a observação de aulas com registos áudio e vídeo, a realização de entrevistas de carácter biográfico, reflexões sobre as aulas e a elaboração de narrativas. Foram elaborados estudos de caso interpretativos das duas professoras, integrando a análise narrativa.
A análise dos dados recolhidos permitiu concluir que as professoras consideram as actividades de investigação como situações ideais para a aula de Matemática, uma vez que se aproximam da actividade matemática autêntica, mas vêem alguma dificuldade na sua integração curricular, devido aos vários constrangimentos a que a sua prática está sujeita. Os principais desafios e tensões com que as professoras se confrontam na prática com as tarefas de investigação dizem respeito ao apoio a conceder ao aluno, ao lugar da justificação e da prova matemáticas e à realização de uma discussão final. Deste trabalho ressalta também a importância da reflexão dos professores para o desenvolvimento de competências relativas à gestão de aulas de investigação matemática, a qual foi estimulada pelo processo de análise narrativa.
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